quinta-feira, 8 de março de 2012

MICROSCÓPIO.


O FUNCIONAMENTO DO MICROSCÓPIO ÓPTICO
INTRODUÇÃO
No estudo das ciências em geral, o microscópio óptico tem sido particularmente importante, uma vez que permite observações que estão fora do alcance da visibilidade direta do olho humano (olho nu). A estrutura pormenorizada dos seres vivos ou inertes e essa infinidade de objetos tão pequenos que já se conhecem, estariam ainda no vasto campo do desconhecimento humano se não existisse o microscópio.

Figura 01 – Modelos de Microscópios 
BREVE HISTÓRICO DO MICROSCÓPIO
Nos finais do século XVI, depois de quatro séculos de aperfeiçoar e buscar novas utilizações às lentes, foi criada a lupa (uma lente com suporte de mão) por Galileu que, usando-a, efetuou as primeiras observações de objetos e seres. No século XVI, a construção e o aperfeiçoamento do microscópio, particularmente do sistema de lentes, expandiu-se, quando Antonie Van Leeuwenhoek e Zacharias Jansen, fabricantes de óculos, desenvolveram os primeiros microscópios simples (uma única lente com suporte de mesa) e compostos (duas lentes com suporte de mesa), respectivamente. Esses aparelhos utilizavam a luz refletida pelo objeto fortemente iluminado. Vários modelos foram a seguir construídos, entre os quais alguns de valor histórico, como por exemplo, o microscópio de Robert Hooke, o descobridor da célula.
ELEMENTOS ESTRUTURAIS DO MICROSCÓPIO ÓPTICO COMPOSTO 
Geralmente, o microscópio óptico composto é constituído por duas partes – uma parte mecânica e uma parte óptica. Cada parte engloba uma série de componentes constituintes do microscópio.
A parte mecânica (suporte de mesa) serve para dar estabilidade e sustentar a parte óptica, sendo constituída por:
— Pé ou Base: estrutura que suporta o microscópio, propiciando-lhe estabilidade.
— Coluna ou Braço: peça afixada à base, na qual estão aplicadas as demais partes constituintes do microscópio.
— Canhão: cilindro responsável por sustentar as lentes, tendo na parte superior a lente ocular e na parte inferior (revólver) a lente objetiva.
— Platina: peça de formato quadrado ou retangular, localizada paralela à base, onde se coloca o material a ser observado. No centro da platina existe um orifício circular que possibilita a passagem dos raios luminosos concentrados pelo condensador.


Figura 02 – Estrutura do Microscópio
— Parafuso Macrométrico: estrutura em forma de engrenagem que suporta o tubo e permite o deslocamento da platina, permitindo assim a focalização da imagem.
— Parafuso Micrométrico: imprime ao tubo e/ou a platina movimentos de amplitude reduzida, possibilitando a complementação do processo de focalização da imagem. Essa estrutura permite detalhamento de imagens com a exploração profunda do campo do microscópio.
— Revólver: estrutura em formato de disco, adaptado à região inferior do tubo, que consegue suportar de duas até quatro objetivas de diferentes ampliações. Movimentos de rotação possibilitam a cômoda troca de objetivas.

A parte óptica é constituída pelos seguintes elementos:
— Sistemas de Lentes Oculares e Objetivas: Conjunto de lentes que permite a ampliação do objeto. A ampliação do microscópio pode ser conseguida pela relação abaixo:

— Fonte Luminosa: elemento fundamental da definição da nitidez da imagem, a fonte luminosa do microscópio pode ser de origem artificial (lâmpada) ou de origem natural (espelho refletor).
— Condensador: elemento responsável pela distribuição regular da luz refletida pelo espelho.
— Diafragma: elemento responsável pela regulagem da intensidade luminosa no campo visual do microscópio.


Figura 03 – Fontes Luminosas do Microscópio


Figura 04 – Imagem formada no Microscópio Composto
CARACTERÍSTICAS DA IMAGEM DO MICROSCÓPIO ÓPTICO COMPOSTO 
O objeto a ser observado deve ser colocado muito perto do foco objeto do sistema da lente objetiva, para que se forme uma imagem real, invertida, de maiores dimensões, que vai servir de objeto em relação à ocular. Esta, dá uma imagem virtual e invertida em relação ao objeto a ser observado, que deve formar-se entre o ponto próximo e o ponto remoto do olho do observador. No microscópio óptico composto, a ampliação e o campo de visualização são inversamente proporcionais, ou seja, quanto maior for a ampliação, menor a área da preparação observada.
A profundidade de campo do microscópio na formação da imagem é muito pequena, o que implica que os objetos examinados ao microscópio devem ser de pequena espessura. A operação de focagem é tanto mais delicada quanto menor for a distância focal do sistema, ou seja, quanto maior for a ampliação. Devido a esse fato, é importante que, durante a observação, se proceda a uma manobra constante do parafuso micrométrico de modo a poder-se visualizar nitidamente detalhes nos diferentes planos.





EXPERIÊNCIA PRÁTICA COM LENTES ESFÉRICAS CONVERGENTES (Lupas)
01. Objetivos
— Demonstrar, utilizando lentes esféricas convergentes, a possibilidade de se concentrar a luz solar e aumentar a temperatura de placas de isopor de diferentes colorações.
— Demonstrar que placas de coloração escura absorvem uma maior quantidade de radiação, entrando em combustão em um tempo menor que placas de coloração clara.

02. Material
— Uma lente convergente (lupa)
— Seis placas de isopor quadradas de dimensões (10 cm x 10 cm) de coloração branca, amarela, verde, azul, vermelha e preta

03. Procedimentos
— Em local ensolarado, colocar as quatro placas sobre uma mesma superfície plana.
— Ajustar para que a lupa fique a uma distância de 4 cm de cada uma das placas, com raios solares incidindo sobre a lente.
— Cronometrar o tempo entre o ajuste e o início do processo de combustão do isopor (fumaça).

04. Conclusão
Estabelecer uma ordem crescente de placas que iniciaram a combustão e concluir quais cores absorvem mais a energia radiante emitida pelos raios solares.

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